A onipresente Interface USB (Universal  Serial Bus) deve sofrer outra evolução mantendo o ritmo com a demanda  sempre crescente por largura de banda para conectividade. Espera-se que a  USB 3.0 (ou Super Speed USB) dê o maior salto adiante com respeito às  velocidades de transferência, gerenciamento de energia (potência) e  flexibilidade.
Tradução: Eutíquio Lopez
O protocolo USB 3.0 foi  desenvolvido para fornecer as mais altas taxas de transferência de dados  e aumentar a capacidade de entrega de potência, suportando os mais  altos níveis de corrente em cada porta. Ele acrescenta novos recursos de  gerenciamento de potência, assim como novos cabos e conectores  compatíveis (com a ordem invertida) com os dispositivos USB 2.0. A  mudança mais relevante consiste na adição de quatro linhas de dados  (fios de cobre) em pararelo com o atual barramento USB 2.0, conforme  mostra a figura 1.
Esses condutores de cobre servem para transmitir dados de alta  velocidade, mas também transmitem a descarga eletrostática (ESD) e  outros transientes de tensão nocivos.
Proteção contra Sobrecorrente
A USB 3.0 provê  alimentação para dois componentes: um “host” padrão (conector tipo A) e  um novo tipo de dispositivo energizado (conector Powered-B). A  especificação da nova Super Speed aumenta a corrente que pode passar num  dispositivo USB: de 0,5 A para 0,9 A. O novo conector Powered-B  possibilita que um dispositivo USB carregue outro com uma corrente de  até 1,0 A. Uma vez que as condições de sobrecorrente podem afetar o  barramento de alimentação, uma proteção contra sobrecorrente é requerida  para todas as fontes de alimentação (ex.: hosts, hubs, e dispositivos  Powered-B). A proteção contra sobrecorrente é especificada também pela  UL60950.
Dispositivos de proteção  de sobrecorrente com capacidades de correntes maiores são necessários em  sistemas que suportam carregamento de USB e USB 3.0. A especificação do  carregador define a mesma pinagem do USB 2.0, porém permite maior  capacidade de corrente (até 1,5 A em cada porta).
Por fim, a USB 3.0 define  um novo conector (o Powered-B) cujo principal benefício consiste na  maior portabilidade. Com o seu uso, um dispositivo USB pode agora  alimentar outro dispositivo USB, fornecendo por exemplo: 5 V± 10%, 100  mA sem problemas. Dispositivos poliméricos PolySwitch com coeficiente de  temperatura positivo (PPTCs) fornecem uma solução econômica para a  proteção contra sobrecorrente em todas as aplicações citadas, seja na  limitação de corrente em hosts 3.0; em hubs 3.0; em aplicações de  carregamento USB ou com conector Powered-B. De acordo com a figura 2,  instalando-se um PolySwitch na porta BUS de uma fonte de alimentação  USB limita-se a sua corrente no caso de um curto-circuito, evitando-se  assim o dano por sobrecorrente causado por um súbito evento desse tipo, o  que ajuda a satisfazer a especificação UL60950.
Adicionalmente, seis dispositivos PESD da Tyco na fonte USB, acondicionados num pequeno invólucro, implementam uma proteção contra ESD (descarga eletrostática) de baixa capacitância.
Embora a USB defina o  barramento de alimentação (potência), isso não elimina o risco associado  com a ocorrência de sobretensões. Eventos de sobretensão podem ser  provocados por uma série de condições de falha, entre elas: erro de  operação do usuário, fontes de alimentação de terceiros mal reguladas,  eventos de corte de energia, transientes indutivos, etc. As interfaces e  os sistemas de carga (carregadores) podem gerar, inclusive, tensões  negativas que venham a danificar periféricos desprotegidos. Se bem que  as fontes de alimentação USB 2.0 sejam especificadas para 5 V± 5%,  muitos sistemas de alto volume com interface USB 2.0 foram projetados  para suportar 16 VCC (ou até mesmo 28 VCC). Testes internos realizados  pela Tyco demonstraram que transientes causados por ligação/  desligamento de equipamentos energizados, embora muito rápidos, podem  superar níveis de tensão entre 16 V e 24 V.    Eles também identificaram carregadores de terceiros, cujas tensões de  cicuito aberto excediam significativamente a especificação de 5 V± 5% da  USB, o que representa uma séria ameaça para um aparelho eletrônico  sensível. Colocando-se o dispositivo de proteção contra sobretensões,  tais como o diodo Zener protegido por polímero (PolyZen) da Tyco nas  entradas de potência de todos os dispositivos USB, particularmente na  porta VBUS, isso ajuda a evitar os danos provocados pela ocorrência de  sobretensões.
Em dispositivos USB 3.0, o  diodo Zener PolyZen pode ser colocado no pino VBUS da porta de entrada  USB, ou na porta DPWR dos plugues Powerd-B, ou ainda na entrada VBUS dos  hubs USB. A figura 3 exibe a instalação do PolyZen no  pino VBUS e mais seis dispositivos PESD num típico circuito USB,  representando uma solução coordenada de proteção contra sobretensão.
Proteção contra ESD (Descarga Eletrostática)
Transientes de  sobretensão ocorrem frequentemente devido à ESD e podem aparecer tanto  no barramento de alimentação quanto nas linhas de dados. Embora os CIs  atuais sejam protegidos até 2000 V, o corpo humano pode acumular  facilmente carga estática até um nível de 25 000 V. Em aplicações de  proteção de portas I/O (entrada- saída) requer-se o uso de um componente  de baixíssima capacitância sobre as linhas de dados, o qual deverá ter  grampeamento e recuperação rápidos.
O atual protocolo USB 2.0  possibilita taxas de transferência de até 480 Mbps, suportando  instalação e operação “plug-and-play” com o equipamento ligado. Em  comparação, a especificação USB 3.0 permite taxas de transferência de  dados até uns 5 GBPS com suporte “fall- back” de segurança para a  especificação USB 2.0 de menor velocidade. A USB 3.0 acrescenta quatro  novos pinos no conector de suporte da nova interface SuperSpeed: USB3_TX  (par diferencial) e USB3_RX (par diferencial), conforme é mostrado na figura 4.
Um esquema de proteção  coordenada pode ser utilizado para melhorar a proteção contra  transientes de alta corrente, alta tensão e ESD nas aplicações USB. As figuras 5, 6, 7a e 7b  ilustram os dispositivos de proteção de circuitos que são adequados  para USB 2.0, USB 3.0 e projetos com conector Powered-B,  respectivamente.  
Os dispositivos de  proteção contra sobrecorrente PolySwitch auxiliam os projetistas a  cumprirem os novos requisitos da especificação USB3.0, fornecendo uma  solução para limitar a corrente com economia de espaço.    Os dispositivos PESD provêm uma baixa capacitância (0,2 pF  tipicamente), necessária para aplicações de transmissão de dados de alta  velocidade e são encontrados nos formatos mais comuns da indústria  eletrônica. 
Os dispositivos PolyZen oferecem aos projetistas a simplicidade do diodo de grampeamento tradicional, removendo a necessidade de radiadores de calor significativos em eventos de sobretensão assistida.
Os dispositivos PolyZen oferecem aos projetistas a simplicidade do diodo de grampeamento tradicional, removendo a necessidade de radiadores de calor significativos em eventos de sobretensão assistida.
Esse simples dispositivo  auxilia na proteção contra danos causados pelo emprego de fontes de  alimentação impróprias, ou por transientes de tensão, ou mesmo por erros  de operação do usuário. A Tyco Eletronics recomenda o uso dos seguintes  dispositivos de proteção contra descarga eletrostática (ESD). Veja a tabela 1.
Obs.: Aumentando-se o número de portas, deverá aumentar também a especificação de capacidade de absorção de energia do dispositivo PolySwitch. Para proteção contra sobrecorrente USB, a empresa sugere os dispositivos listados na tabela 2.
Já para a proteção contra sobretensão USB, os dispositivos indicados estão na tabela 3.
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ResponderExcluirCreio q a esta altura do campeonato vc tenha encontrado a solução. Creio q vc consegue resolver por software, não?
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