Pesquisas mostram relação entre ruídos com problemas para dormir e até derrame.
Fonte: http://blogsoenfermagem.blogspot.com
Dor, irritação, tontura, desconforto, estresse e aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Nos casos mais graves, crescem as chances de problemas cardiovasculares, como infarto do miocárdio e derrame cerebral. Todas essas doenças podem ser consequências de um problema do qual dificilmente as pessoas se protegem no dia a dia: a exposição ao barulho.
O som dos carros, motos, máquinas de obras e aparelhos que tocam música não trazem problemas apenas para o aparelho auditivo. Quando uma pessoa se expõe a um ruído muito alto durante um longo período de tempo, seu sistema circulatório também sofre as consequências. O ritmo do coração acelera, o organismo bombeia mais sangue e a pressão sobe.
Por causa desse estresse, o corpo abre as portas para uma série de outros problemas.
Um estudo feito na Dinamarca mostrou que o tráfego barulhento aumenta as chances de uma pessoa sofrer derrame. Já uma pesquisa, realizada em Israel, demonstrou a relação entre o barulho e dificuldades para dormir.
Por causa desse estresse, o corpo abre as portas para uma série de outros problemas.
Um estudo feito na Dinamarca mostrou que o tráfego barulhento aumenta as chances de uma pessoa sofrer derrame. Já uma pesquisa, realizada em Israel, demonstrou a relação entre o barulho e dificuldades para dormir.
De acordo com o neurofisiologista da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Fernando Pimentel-Souza, nos níveis de exposição altos, há mais produção do cortisol, hormônio liberado em situações de estresse que provoca reações inflamatórias e pode aumentar a circulação. Segundo o especialista, esses fatores podem até acelerar o aparecimento de um câncer.
- O câncer começa com pequenas sementinhas de tumores, que são alimentados pela circulação sanguínea. Às vezes a pessoa não tem um tumor visível, mas latente. As chances de esse tumor aparecer ficam maiores por causa do aumento da circulação.
Segundo o médico Daniel Okada, otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, alguém que já é hipertenso, que teve problemas na coronária ou que já sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) tem uma chance maior de apresentar outros problemas cardiovasculares.
- O barulho piora a qualidade de vida do sujeito, causa irritabilidade, faz ele dormir mal, dificulta a concentração no trabalho e nos estudos.
Pimentel-Souza explica que o estresse causado pela poluição sonora é uma agressão para o organismo, deixando o corpo em estado de alerta, como um mecanismo de defesa.
- O organismo não sabe a origem do ruído, ele não consegue encontrar. O corpo, então, começa a se preparar para um ataque iminente.
As situações de risco
De acordo com o neurofisiologista da UFMG, quando uma pessoa está acordada, ela já começa a sofrer estresse leve quando é exposta a uma intensidade de 55 decibéis. Acima de 65 decibéis ela sofre estresse forte e, acima de 75 decibéis, o estresse é degenerativo, ou seja, começa a causar danos ao ouvido.
O nível de audição que o ouvido humano pode suportar, segundo a Associação brasileira de Otorrinolaringologia, é de 90 decibéis. O som produzido por um helicóptero, por exemplo, pode chegar a 97 decibéis. Já o de uma motosserra atinge 100 decibéis.
Segundo o médico Arthur Castilho, otorrinolaringologista do Hospital Bandeirantes, para que a pessoa venha a sofrer algum dano, ela precisa ficar exposta ao ruído durante muito tempo.
- Você pode ficar exposto a 85 dB por oito horas. A 90 dB, você pode ficar quatro horas, e assim por diante. A cada 5 dB, o tempo limite cai pela metade.
Para Castilho, no entanto, os principais vilões dos ruídos são os aparelhos que tocam música.
Para Castilho, no entanto, os principais vilões dos ruídos são os aparelhos que tocam música.
- O trânsito é ruim no sentido de aumentar o estresse, mas não chega a uma intensidade grande. Você não fica exposto muito tempo. Hoje, a maior preocupação são os iPods e mp3 Isso é o mais grave. A pessoa escuta com o fone no ouvido, e fica exposta muito tempo.
Castilho lembra ainda que o volume não precisa ser alto para causar irritação.
Castilho lembra ainda que o volume não precisa ser alto para causar irritação.
- Às vezes pode ser uma goteira, caindo lentamente. O que muda é o estresse gerado pelo som de má qualidade e a influência disso no estresse.
Qual a gravidade do ruído durante o dia a dia? (valores médios)
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